domingo, 15 de abril de 2012


Como um Câncer
Sempre quis ser aquele canalha que rouba a cena, e que envenena teu mais profundo ser, te deixando indecisa e me enxergando na sua frente em todas as decisões que tomar. Queria ver esse que bombeia em teu corpo enlouquecer, esse seu coração gélido explodir no teu peito, essa sua razão que tu tanto preza se transformar em uma bagunça.
Você foi como uma bala perdida, daquelas que te atinge do nada durante um tiroteio em que tu não tem nada haver, enquanto tu tá vivendo a tua vida, tranquilamente, sem desavenças, sem estresses, sem nostalgia.
Aí tu aparece, me fere, me faz agonizar de amores só de ouvir teu nome, em pensar no teu rosto, em ouvir tua voz. Não, tu não é uma bala perdida, é como um câncer. Um ferimento de bala te fere, mas cicatriza com o tempo, se torna um mero incomodo. Não, você foi como um câncer em estágio avançado, daqueles em que a cura é algo improvável, impossível, onde a única certeza é a morte.
Me sinto um louco ao te ver em todos os lugares mesmo você não estando lá, perco o sono, perco a fé, perco a esperança. Que bobo sou! Você me fez ver que toda história tem um final, que não devemos prometer nada a ninguém, afinal de contas, promessas foram feitas para serem quebradas. Certo? Errado? Ok, pra mim tanto faz!
Mas, como toda história é uma faca de dois gumes, hoje me vejo sem ti, porém, não posso afirmar ao certo que estou completamente curado dessa doença que se batiza por teu nome. Ainda me vejo agonizando toda vez que te vejo, como se me faltasse ar, ainda dói ouvir teu nome, ouvir tua voz, te ver.
Eu quis você, desejei você, só queria te mostrar a saída e te libertar de toda essa merda que nos rodeia, mas no final o que me resta são apenas vertigens, uma doença em estado terminal, e o teu desprezo só fode tudo, e quer saber? Tornou-se recíproco. Meus parabéns, eu odeio você!

[Luan Gleysson & Bárbara Isis ;*]


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